domingo, 15 de novembro de 2015

A MENINA DA RUA

Seu olhar meigo e triste
Cativou minha atenção,
Parecia esconder
O que há no coração
Da menina travestida
De miséria e de ilusão.

Quanta dor experimentara
Sendo ainda uma criança?
Quantos sonhos arruinados
Sem nenhuma esperança?
Que inveja da menina
Que caminha e não cansa...

Mas será que há sentido
Numa vida desfigurada
Em um mundo tão atroz
Que de humano não tem nada
Que minh' alma diante disto
Estacou paralisada.

Sem ter algo de valor
Para dar ou conceder
Eu fiquei envergonhado,
Sem saber o que fazer,
E foi só uma moeda
O que pude oferecer.

 http://blog.diarinho.com.br/wp-content/uploads/2009/04/g-rapa-dos-indios-3-300x224.jpg

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